Cancioneiro
Estudantina Universitária de Coimbra
Fado de Coimbra
Sebastião Antunes & Quadrilha
Zeca Afonso
D.A.M.A & Buba Espinho
ESARTuna (Original)
Estudantina Universitária de Coimbra
Estudantina Universitária de Lisboa
Amália Rodrigues
Adaptação de D'Artatuna
Estudantina Universitária de Coimbra
Assim mesmo é que é (Rapariga)
Estudantina Universitária de Coimbra
Lá na aldeia de donde sou,
Não perdoo às raparigas.
Se uma o olho me piscou,
Meto-me logo em intrigas.
Dou-lhe dois ou três beijinhos
E vai de bater o pé
Que eu não quero mexericos,
E assim mesmo é que é.
Que eu não quero mexericos,
E assim mesmo é que é.
Ai, rapariga, se fores à fonte,
Vai p ́lo carreiro que chegas lá mais depressa.
Ai, tem cuidado com os rapazes,
Loucos por ti, vê lá tu se algum tropeça.
Ai, rapazinho, se fores à fonte,
Vai p ́lo carreiro que chegas lá mais depressa.
Ai, tem cuidado com as raparigas,
Loucas por ti, vê lá tu se alguém tropeça.
Noutro dia, a Rosinha,
Que é baixinha e trigueira,
Foi ao baile com o António,
Andaram na brincadeira.
E agora já namoram
E é tão bom de ver, ai é.
Qualquer dia hão-de casar
E assim mesmo é que é.
Qualquer dia hão-de casar
E assim mesmo é que é.
Ai, rapariga, se fores à fonte,
Vai p ́lo carreiro que chegas lá mais depressa.
Ai, tem cuidado com os rapazes,
Loucos por ti, vê lá tu se algum tropeça.
Ai, rapazinho, se fores à fonte,
Vai p ́lo carreiro que chegas lá mais depressa.
Ai, tem cuidado com as raparigas,
Loucas por ti, vê lá tu se alguém tropeça.
Esta vida são dois dias,
Diz o povo e tem razão.
Se isto é tão pouco tempo,
Vou gozá-lo até mais não.
E se encontrar minha amada,
Sorridente e cheio de fé,
Vou levá-la ao altar
E assim mesmo é que é.
Vou levá-la ao altar
E assim mesmo é que é.
Ai, rapariga, se fores à fonte,
Vai p ́lo carreiro que chegas lá mais depressa.
Ai, tem cuidado com os rapazes,
Loucos por ti, vê lá tu se algum tropeça.
Ai, rapazinho, se fores à fonte,
Vai p ́lo carreiro que chegas lá mais depressa.
Ai, tem cuidado com as raparigas,
Loucas por ti, vê lá tu se alguém tropeça.
Ai rapariga, rapariga
Ai rapariga, rapariga
Ai rapariga, rapariga, tem cuidado.
Ai rapazinho, rapazinho
Ai rapazinho, rapazinho
Ai rapazinho, rapazinho, e assim mesmo é que é!
Balada da Despedida
Fado de Coimbra
Sentes que um tempo acabou
Primavera de flor adormecida
Qualquer coisa que não volta que voou
Que foi um rio um ar na tua vida
E levas em ti guardado o choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra
Capa negra de saudade no momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo prá vida
Capa negra de saudade no momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo prá vida
Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica a esperança de um dia aqui voltar
E levas em ti guardado o choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra
Capa negra de saudade no momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo prá vida
Capa negra de saudade no momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo prá vida
Balada do Desajeitado
Sebastião Antunes & Quadrilha
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha só te quero a ti
Sei de alguém
Por demais envergonhado
Que por ser desajeitado
Nunca foi capaz de falar
Só que hoje
Viu o tempo que perdeu
Sabes que esse alguém sou eu
E agora vou-te contar
Sabes lá
O que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado
E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
O tempo de te falar
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha só te quero a ti
Podes crer
Que à noite o sono é ligeiro
Fico à espera o dia inteiro
Para poder desabafar
Mas como sempre
Chega a hora da verdade
E falta-me o á vontade
Acabo por me calar
Falta-me jeito
Ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais
E às vezes até me engasgo
Nada a fazer
É por isso que eu te conto
É tarde para não dizer
Digo como sei e pronto
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha só te quero a ti
Canção de Embalar
Zeca Afonso
Dorme meu menino a estrela d’Alva [estrela d'Alva]
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada [madrugada]
Outra que eu souber será pra ti (bis)
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Outra que eu souber na noite escura [noite escura]
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas [nas alturas]
Trovas e cantigas de embalar (bis)
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Trovas e cantigas muito belas [muito belas]
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas [nas janelas]
Perde a estrela d'alva o seu fulgor (bis)
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Perde a estrela d'alva pequenina [pequenina]
Se outra não vier para a render
Dorme que ‘inda à noite é uma menina [uma menina]
Deixa-a vir também adormecer (bis)
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Casa
D.A.M.A. & Buba Espinho
Quantas pedras trago eu no sapato
Quantas vou tirar logo à tardinha
A dar-te um beijo
Lá vou na canseira deste dia
E ai, só vale a pena se acabar
A dar-te um beijo
A dar-te um beijo
Aninhado ao teu peito
A dar-te um beijo
Aninhado ao teu peito
A descansar
Amor eu casava na mesma se o teu pai não deixasse
Sou náufrago, porto de abrigo, farol e desastre
Eu prometo ser verdade
Chegar a casa fazer o jantar e tirar-te a saudade
Amor eu casava na mesma se o teu pai não deixasse
Sou náufrago, porto de abrigo, farol e desastre
Eu prometo ser verdade
Chegar a casa fazer o jantar e tirar-te a saudade
A dar-te um beijo
Aninhado ao teu peito
A dar-te um beijo
Aninhado ao teu peito
A descansar
Amor eu estou à tua porta vem ficar para sempre
Crianças no banco de trás e o pôr-do-sol em frente
E num abraço ser família
Nós somos Casa, Bagunça e Viagem para o resto da vida
Amor eu estou à tua porta vem ficar para sempre
Crianças no banco de trás e o pôr-do-sol em frente
E num abraço ser família
Nós somos Casa, Bagunça e Viagem para o resto da vida
E que o dia acabe assim
A dar-te um beijo
Aninhado ao teu peito
A dar-te um beijo
Aninhado ao teu peito
A descansar
A dar-te um beijo
Aninhado ao teu peito
A dar-te um beijo
Aninhado ao teu peito
A descansar
E que o dia acabe assim
Lá Vem a ESARTuna (Hino de Tuna)
ESARTuna (Original)
Somos de uma cidade
Da Beira região
Vontade não falta
De te encher de emoção
Castelo Branco e tinto
Trago na memória
Tanto que'eu sinto
Por viver esta história
Lá Vem a ESARTuna
De capa negra na mão
Traz serenatas e histórias contadas
Em cada canção
De Castelo Branco esta tuna
Traz ritmo e inspiração
Festas e farras, por ela cantadas
De coração
Durante noite e dia
Caloiros a tunantes
Vivem como nunca
A vida de Estudantes
A mais bela das tunas mistas
Que de muitos fez um
Aos designers e artistas
Um por todos
Todos por um
Lá Vem a ESARTuna
De capa negra na mão
Traz serenatas e histórias contadas
Em cada canção
De Castelo Branco esta tuna
Traz ritmo e inspiração
Festas e farras, por ela cantadas
De coração
A tuna é palco de amantes
Junta copos, corações
Outrora distantes
Para criar recordações
E passados muitos anos
Desejamos voltar
À cidade e à tuna
Que um dia nos fez sonhar
Madalena
Estudantina Universátira de Coimbra
Chorar
Como eu chorava
Ninguém
Pode chorar
Amar
Como eu amava
Ninguém
Deve amar
Chorava que dava pena
Oh por amor a Madalena
Mas ela me abandonou
E assim murchou em meu jardim essa linda flor
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la la-la-la, la-la-la-la-la-la
E Madalena foi como um anjo salvador
Que eu adorava com fé
Um barco sem timão, perdido em alto mar
Só Madalena, por ti amor
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la la-la-la, la-la-la-la-la-la
Chorar
Como eu chorava
Ninguém
Pode chorar
Amar
Como eu amava
Ninguém
Deve amar
Chorava que dava pena
Oh por amor a Madalena
Mas ela me abandonou
E assim murchou em meu jardim essa linda flor
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la-la-la-la, la-la-la-la-la-la
La-la-la la-la-la, la-la-la-la-la-la
Mulher Gorda
Estudantina Universátira de Lisboa
A mulher gorda para mim não me convém
Eu não quero andar na rua com as banhas de ninguém
O rapaz magro para mim não me convém
Eu não quero andar na rua com o esqueleto de ninguém
Ai Ai Aiii... Eu gosto dessa mulher
Quero tê-la ao pé de mim, beijá-la quando quiser
Ai Ai Aiii... Eu gosto desse rapaz
Quero tê-lo ao pé de mim, beijá-lo quando quiser
A mulher alta para mim não me convém
Eu não quero andar na rua com o escadote de ninguém
O rapaz baixo para mim não me convém
Eu não quero andar na rua com a muleta de ninguém
Ai Ai Aiii... Eu gosto dessa mulher
Quero tê-la ao pé de mim, beijá-la quando quiser
Ai Ai Aiii... Eu gosto desse rapaz
Quero tê-lo ao pé de mim, beijá-lo quando quiser
Mulher bonita para mim já me convém
Eu só quero andar na rua com a beleza de alguém
Rapaz bonito para mim já me convém
Eu só quero andar na rua com a beleza de alguém
Ai Ai Aiii... Eu gosto dessa mulher
Quero tê-la ao pé de mim, beijá-la quando quiser
Ai Ai Aiii... Eu gosto desse rapaz
Quero tê-lo ao pé de mim, beijá-lo quando quiser
Oiça lá, Ó Senhor Vinho
Amália Rodrigues
Oiça lá, ó senhor vinho
Vai responder-me, mas com franqueza
Porque é que tira toda a firmeza
A quem encontra no seu caminho?
Lá por beber um copinho a mais
Até pessoas pacatas
Amigo vinho, em desalinho
Vossa mercê faz andar de gatas
É mau procedimento
E há intenção naquilo que faz
Entra-se em desequilíbrio
Não há equilíbrio que seja capaz
As leis da física falham
E a vertical de qualquer lugar
Oscila sem se deter
E deixa de ser perpendicular
Eu já fui, responde o vinho
A folha solta a brincar ao vento
Fui raio de sol do firmamento
Que trouxe à uva doce carinho
Ainda guardo o calor do sol
E assim eu até dou vida
Aumento o valor seja de quem for
Na boa conta, peso e medida
E só faço mal a quem
Me julga ninguém e faz pouco de mim
Quem me trata como água, é ofensa
Pago-a, eu cá sou assim
Vossa mercê tem razão
É ingratidão falar mal do vinho
E a provar o que digo
Vamos, lá ESART, a mais um copinho
Ser Estudante
Adaptação de D'Artatuna
Que negra sina ver-me assim
Que sorte e vil degradante
Ai que saudades sinto em mim
Do meu viver de estudante
Nesse fugaz tempo de amor
Que para nós é o melhor
Sempre a rir e com um ar bem descarado
A malandrar com os outros tais
E a dançar p'los arraiais
P'ra namorar, beber, folgar, cantar o fado
Nenhum amor me prendeu
Mas foi naquela festança
O tal dia em que apareceu
Quem ficou na minha lembrança
As fanfarradas, guitarradas
E as belas das noitadas
Que fazíamos com nossos camaradas
De capa ao ombro, treme o céu
Sem me ralar vivia eu
A vadiar e tudo mais eram cantigas
Recordo agora com saudade
As cábulas que fazia
Os professores da faculdade
E as aulas em que dormia
Invoco em mim recordações
Que não tem fim essas lições
Da boa vida, quando era veterana
Aulas que eu dada, se eu estudasse
Ainda estava nessa classe
A que eu faltava sete dias por semanas
A tuna é toda a nossa fé
Embala, encantar e inebria
Dá gosto à gente ouvi-la até
Na radiotelefonia
Quando cantamos com fulgor
Bem afinadas, com rigor
É bela a tuna, ninguém há que lhe resista
É a vida mais popular,
Toda emoção faz-nos vibrar
Eis a razão de ser designer e artista
Traçadinho
Estudantina Universitária de Coimbra
Vejo a lua duas vezes
E o céu está a abanar
Que diabo aconteceu
Como é que aqui vim parar
As pernas estão a tremer
Isto agora vai ser bom
Queria cantar um fadinho
Mas não acerto no tom
Desta vez estou mesmo à rasca
Vou-me pirar de mansinho
Não volto àquela tasca
Não bebo mais traçadinho
Tenho a guitarra partida
Esta noite é para desgraça
Não conheço esta avenida
Mas que diabo se passa
Esta vida é de loucos
Esta vida é de ir e vir
Quando a mulher bebe uns copos
Começa logo a cair
Desta vez estou mesmo à rasca
Vou-me pirar de mansinho
Não volto àquela tasca
Não bebo mais traçadinho